O Abismo de Edelvais

O Abismo de Edelvais

"O Abismo de Edelvais do autor Raphael Rodrigo.

A análise de "O Abismo de Edelvais" de Raphael Rodrigo revela um enredo profundamente ligado ao mistério, ao suspense e às explorações psicológicas dos personagens diante de situações incomuns. A narrativa utiliza elementos de realismo mágico e horror, combinando aspectos de aventuras juvenis com mistérios sobrenaturais.

O leitor é convidado a embarcar em uma experiência imersiva que mistura suspense, mistério e elementos de ficção científica. A obra é projetada para um público que aprecia histórias com atmosferas densas e personagens que enfrentam o desconhecido".


Sinopse

Na cidade de Edelvais existe um lago famoso entre os adolescentes por conta de uma peculiaridade: em uma de suas margens há uma cratera nomeada pelos moradores como o abismo. Inúmeras lendas surgiram em torno de tal formação aparentemente natural. Desde seu conhecimento ninguém ousou averiguar detalhadamente tais lendas e mergulhar para descobrir se algumas correspondiam com a realidade, até porque a cratera possui uma característica notável, ela exerce um tipo de pressão que não deixa nada e ninguém afundar mais do que alguns centímetros. Isso contribuiu para que tudo ganhasse um ar ainda mais misterioso e levantou a ideia de não haver fundo a ser alcançado. Uma atividade muito comum dos jovens é deixar o corpo flutuar sobre as águas de tal formação. Certo dia um grupo decide inovar na brincadeira e realiza-la à noite, mas um deles desaparece dando início a inacreditáveis eventos na pacata cidade, revelando — mas não para todos — o grande mistério acerca do abismo.

Trecho

     "— Anda logo — disse Daiane. — Se ele se machucou e tá no lago a gente tem que descobrir o que foi.

     — Calma — disse João Pedro conectando o celular no computador. Transferiu o vídeo e abriu um aplicativo de edição. Começou a trabalhar com alguns filtros. Instantes depois, a parte do vídeo que era só escuridão estava em um tom esverdeado, mas tão clara como o dia.

     Assistiram apreensivos. Ouviram o primeiro canto do urutau. As meninas sentiram-se novamente desconfortáveis. Vez ou outra o vídeo balançava um pouco, mas não se desviou do abismo. Samuel continuava lá, movimentando os braços após o segundo canto do urutau. Os meninos se ouviram no vídeo caçoando do medo das garotas e algo muito rápido aconteceu.

     — Mas o que foi aquilo? — indagou Carolina assustada.

     — Não sei, foi muito rápido — disse Yuri.

     — Alguma coisa o puxou — Daiane comentou apreensiva. — Alguma coisa puxou o Samuca para dentro do abismo... O que que a gente fez, meu Deus? O que que a gente fez?

     — Para um pouco — pediu João Pedro impaciente. Retrocedeu o vídeo momentos antes do terceiro canto do urutau e o colocou para rodar em câmera lenta. Mesmo em câmera lenta a coisa não durou meio segundo.

     Todos prenderam a respiração. Alguma coisa parecia realmente ter puxado Samuel para dentro do abismo.

     João Pedro colocou o vídeo para rodar o mais lento possível. Quadro a quadro. O evento durou exatamente doze quadros de segundo. No primeiro quadro, algo que parecia um tentáculo começava a emergir ao lado de Samuel. No quadro seguinte esse mesmo tentáculo o cobria. No terceiro quadro o garoto já havia desaparecido e toda a abertura do abismo fora preenchida por aquela coisa. Os quadros seguintes mostravam uma forma colossal volteando e descendo de volta para o fundo da cratera. Era visível. Algo veio lá de baixo. Era enorme e aparentava ter uma forma cilíndrica. Agarrou Samuel e mergulhou para a escuridão sem fim do abismo.

     João Pedro olhou para os outros. Todos estavam com expressões de assombro e horror petrificadas nos rostos.

     — O que era aquilo? — questionou Yuri estupefato.

     O que a gente fez, choramingava Daiane.

     — Aquilo era um monstro — afirmou João Pedro sem acreditar no que estava dizendo."


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Raphael Rodrigo

Escritor, Professor e Pesquisador

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