Matangueira


Matangueira é uma cidade rural e isolada, situada na região sudeste da Ilha Maior de Portuária, apesar de fazer fronteira com a capital Vila Magnólia. É cercada por uma densa floresta, reforçando seu caráter afastado e misterioso. Fundada em 31 de outubro de 1648, durante o período colonial português, Matangueira surgiu como um povoado agrícola e pecuário, crescendo ao longo dos séculos e mantendo suas tradições e peculiaridades intactas. Seu isolamento natural, aliado ao clima subtropical úmido, cria um ambiente carregado de neblinas espessas ao amanhecer e tempestades intensas no verão, reforçando o tom enigmático que envolve a cidade.

A economia de Matangueira se sustenta na agricultura e no arrendamento de terras, sendo um dos principais polos de produção de alimentos da região. Suas fazendas são conhecidas pela qualidade dos grãos e hortaliças, mas há algo incomum em seu funcionamento: diferentemente de outras localidades rurais, não há criação de animais em certas propriedades. O cotidiano da cidade é marcado por um ritmo lento, onde a população vive entre a rotina do campo e as histórias que há gerações circulam entre os moradores. O silêncio predominante e o contato direto com a floresta fazem com que lendas sobre presenças desconhecidas, sussurros na mata e figuras espreitando ao entardecer sejam parte do imaginário local.


Entre os lugares mais marcantes da região, está o Complexo Fazendário Bauernhof, um conjunto de sete fazendas históricas fundadas por imigrantes alemães no século XIX. Essas propriedades, operam sob um sistema de arrendamento rotativo, onde famílias cultivam a terra por uma estação antes de passá-la para novos produtores. Há apenas uma residente fixa no complexo: Heidi Glauer, uma mulher reclusa que vive na primeira fazenda e cuja presença alimenta diversas especulações entre os habitantes de Matangueira. As fazendas, alinhadas ao longo de uma estrada de terra, têm sua frente voltada para uma floresta densa e intocada, que parece observar silenciosamente a vida dos que passam por ali.


Embora muitos a considerem apenas uma pacata cidade agrícola, Matangueira carrega em suas terras segredos antigos e eventos inexplicáveis, alimentando o folclore local e atraindo aqueles que buscam entender o que há por trás de sua aparente tranquilidade. Esse clima de mistério fez com que a cidade se tornasse o cenário perfeito para os principais eventos de Nos Portões do Inferno, o primeiro livro da coleção O Mal Encarnado, onde forças ocultas emergem do Complexo Fazendário Bauernhof e desafiam a realidade como a conhecemos.


Bandeira de Matangueira


Hino de Matangueira 


No coração da terra oculta,
Entre campos e neblina a vagar,
Matangueira, forte e antiga,
Teus segredos seguem a ecoar.


O vento canta nas florestas,
Sussurra histórias pelo chão,
Cada passo em tua estrada
Guarda sombras da tradição.


Matangueira, terra eterna,
Silenciosa, a nos guiar,
Entre a mata e os mistérios,
Teu espírito há de reinar.


Na alvorada, sol dourado,
Derrama luz sobre o torrão,
Mas ao cair da noite fria,
Ergue-se o véu da escuridão.


Teus campos guardam a promessa,
Do suor e da colheita a brilhar,
Mas no sopro do tempo e da névoa,
Há segredos a nos vigiar.


Matangueira, terra eterna,
Silenciosa, a nos guiar,
Entre a mata e os mistérios,
Teu espírito há de reinar.


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