Fim de Tarde

Entre o som do mar e o voo das gaivotas, uma mulher atravessa um dia suspenso, onde cada gesto cotidiano esconde um silêncio pesado. "Fim de Tarde" é um retrato do vazio e da fragilidade da rotina diante do indizível.

"O resto do dia escoou como um ritual sem sentido, como se cada gesto pudesse enganar o vazio. Preparou o almoço, alinhou os talheres na mesa de vidro, distribuiu os pratos como se alguém fosse sentar-se com ela. Comeu lentamente, o garfo e a faca se movendo mecanicamente. Depois lavou a louça, limpou a bancada com movimentos meticulosos, como se pudesse eliminar a sombra que pairava sobre a casa."

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