Durante uma noite de bebedeira em um bar no distrito de São Brás, um velho mineiro revive uma história enterrada: um homem humilhado, espancado e acompanhado por algo que retornou para acertar as contas com sangue e aço.
Trecho
"... um vento gelado e úmido invadiu o salão, fazendo as lamparinas tremeluzirem. As conversas foram cortadas e o silêncio caiu pesado. Alberto estava de volta, ensopado da cabeça aos pés. As gotas de chuva escorriam de seu rosto desfigurado, misturando-se com o sangue. Arrastava algo atrás de si. Algo longo, brilhante e com um som cortante que raspava pelo chão de pedra. Era uma foice. Uma lâmina grande, curva, velha, daquelas usadas nas plantações pequenas que cercavam São Brás à época, onde muitos dividiam o dia entre a mina e a lavoura para sobreviver. Naquele momento, porém, ela parecia ter saído do próprio inferno."
Publicado na Antologia Caminhos Obscuros da Editora Carnage
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